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15
setembro
2016

É fácil embriagar-se com o sucesso. Perder a lucidez das coisas, a coerência dos fatos ou quem sabe enlouquecer com sua própria autossuficiência. Difícil é manter a calma enquanto o mundo esmaga sua cabeça ou enquanto o chão racha diante de seus pés. A dor pode ser sua melhor amiga ao mesmo tempo em que pode ser sua pior companhia. Tudo depende do ângulo que você enxerga as coisas.

Eu penso fora da "caixa" e enxergo a dor como desafio que deve ser suplantado pela vontade de viver e não como um problema que me impossibilita de sair do lugar. Já quebrei diversas vezes a cara e, na maioria das vezes, sofri demais. Algumas vezes enterrei meus sonhos, por achar grandiosos demais para serem realizados, ledo engano.

Com o tempo você aprende, que a vida é curta demais para ficar se lamentando ou, quem sabe, passar o resto dos seus dias em cima de uma cama aos prantos, por não ter alcançado uma meta. Lembro como se fosse hoje o dia em que perdi o emprego, ao mesmo tempo em que minha mãe estava acamada, me vendo impossibilitado de fazer alguma coisa. Me senti um inútil. Mas foi aí que percebi o quão forte era. A dor que outrora ocupou parte do meu tempo, deu lugar à motivação para seguir em frente e tentar uma vez mais. 
A resiliência é a virtude dos fortes, não há vitória sem dor.

É comum ver empresários abandonarem o barco ao quebrar da primeira onda. Poucos sobrevivem nesse "oceano vermelho". Só é digno e merecedor do sucesso, "embora subjetivo e relativo", aquele que labuta até escorrer a última gota de suor. Vivemos em um mundo mascarado de mentiras, onde ouvir certas verdades chega a ser um insulto ao nosso próprio orgulho. É fácil olhar para o lado e perceber no semblante alheio o medo de arriscar ou continuar persistindo seus sonhos.

Nossa sociedade vive com os "pés atrás" e ao se envolver em um relacionamento ou, até mesmo, entrar de cabeça em uma nova empreitada empresarial, pensa 10 vezes. A dor nada mais é que um momento de transformação. É nessas horas que podemos viajar para dentro de nós mesmos, "fazer uma introspecção", a fim de reavaliar ou até mesmo quebrar os velhos paradigmas que há muito tempo se enraizaram em nosso cerne, impossibilitando nosso crescimento.

Há algum tempo, já venho acompanhando os trabalhos de um publicitário na internet, Ique Carvalho, autor do blog "The Bro Code". Há mais ou menos 5 meses, Ique rompeu um relacionamento ao qual havia, segundo ele, se entregado de corpo e alma. Como se não bastasse, seu pai havia sido diagnosticado com câncer. Ique viu sua vida virar de cabeça para baixo, mas sua dor mostrou que o lado certo para se viver naquele momento era o lado avesso.

"A história de Ique, revela um dos maiores medos que uma pessoa pode enfrentar, o medo de perder o amor de alguém. Use o medo como uma alavanca para suplantar seus desafios. Essa forma de enxergar a vida, muito impactará nas suas atitudes".

Com o tempo e o coração mais calmo, a dor enobreceu e amadureceu seus pensamentos. O mundo desse publicitário "simpático" até podia estar de cabeça para baixo. No primeiro momento, podia até estar de mãos atadas, mas coube a ele apenas observar em "time lapse" seu mundo aparentemente feliz, dando lugar, aos poucos, à própria tristeza. Mas sua resiliência e sua forma de enfrentar as dificuldades da vida fizeram a diferença nesse conturbado momento de sua vida. Da dor, brotou amor. Hoje seu blog impacta e transforma a vida de inúmeras pessoas.

A sua verdadeira força não está no seu condicionamento físico, mas sim no seu condicionamento mental, na sua forma de ver e enfrentar os problemas. Ique poderia "morrer" trancafiado dentro de sua própria dor, mas preferiu fazer dela sua melhor amiga. Podemos passar a noite inteira aos prantos, tentando organizar nossos pensamentos e superar a nossa própria dor. O que não podemos fazer, é esconder o sorriso ao nascer do sol.

Já dizia Carlos Drummond de Andrade: "a dor é um intervalo entre uma alegria e outra". Assim como na vida, nos negócios muitos se amedrontam perante as intempéries do mercado de trabalho. Amamos a zona de conforto, nos sentimos tão seguros quanto dentro de um abraço apertado. Somos avessos ao risco, porque temos medo de sofrer. 
No palco da vida ou no cenário profissional, ainda somos pedras brutas e disformes.

Precisamos ser lapidados todos os dias e a dor é melhor artesã. Achamos que tudo são flores, queremos tudo de forma fácil e rápida sem precisar correr riscos ou labutar pelo próprio sonho. Pedimos chuva, mas não estamos dispostos a enfrentar a lama. Você pode quebrar 10 vezes, sofrer, tropeçar e cair. Pode terminar um relacionamento, como também pode perder o emprego. O que você não pode perder, é sua esperança. Um dia você irá olhar para trás e descobrir que tudo valeu a pena. "É fácil se esconder dentro de si mesmo, difícil é sair e enfrentar as intempéries da vida".

Fonte: www.administradores.com.br