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15
agosto
2013

Os U$ 250 milhões pagos por Bezos estão muito aquém da grandiosidade do jornal.

Essa semana o mercado foi supreendido por uma notícia não tão supreendente assim. Jeff Bezos, fundador da Amazon.com - um dos principais sites de comércio eletrônico (e-commerce) do mundo - anunciou a aquisição de um dos jornais diários mais tradicionais dos Estados Unidos, o The Washington Post, que há 136 anos faz a corbertura jornalística da política na capital americana. O valor da transação foi de U$ 250 milhões. Mas essa está longe de ser uma simples aquisição, tão comum em tempos de crise, e pode ser um dos casos mais emblemáticos da economia moderna.

The Whassington Post

Fundado em 1877 o jornal é controlado desde 1933 pela mesma família. É uma das empresas de mídia mais conceituadas do mundo, com uma história invejável. Por 47 vezes venceu o Prêmio Pultzer, considerado o principal prêmio do jornalismo mundial. O The Whashingon Post foi protagonista de eposódios decisivos da política americana, como o caso "Watergate", em que dois de seus jornalistas (Carl Bermstein e Bob Woodward), nos anos 1970, publicaram denúncias de irregularidades que forçaram o presidente republicano Richard Nixon a renunciar.

Os U$ 250 milhões pagos por Bezos estão muito aquém da grandiosidade do jornal.

A publicação comercializa quase 500 mil exemplares diários de sua versão impressa e é distribuído em várias partes do mundo. Mesmo assim não está longe da crise provocada pela diminuição dos assinantes e da verba publicitária que os jornais impressos vêm enfrenando nos últimos anos, embora tenha expandido os negócios fora da mídia nos últimos anos (atualmente 55% de suas operações estão na área de educação). Em 2012 a empresa amargou um prejuízo de U$ 53,7 milhões de dólares, depois de um prejuízo de U$ 21,2 milhões registrado em em 2011.

Tavez esses números justifiquem o valor relativamente baixo da transação.

Amazon.com

Fundada em 1995, é um dos principais casos de sucesso da internet. O nome Amazon se deve a uma analogia ao Rio Amazonas (o rio com maior volume de água do mundo). A ideia do nome é representar o grande número de produtos disponíveis para venda no site. Seu fundador, Jeffrey (Jeff) Bezos, começou o site comercializando alguns poucos livros que ele mesmo selecionou. Seu plano era atindir U$ 1 bilhão em vendas no ano 2000, mas em 1999 já fechou o ano com U$ 1,6 bilhões e um número incrível de 8,4 milhões de clientes, que conrresponde a 3 vezes mais compradores que no ano de anterior (1998).

Aos poucos, além dos livros impressos o site começou a ofertar outros produtos e atualmente é um dos principais players do mundo no mercado dos livros digiais. A Amazon possui um leitor de e-books próprio, o Kindle, e há pelo menos dois anos a venda de livros digitais já supera a dos livros impressos.

Jeff Bezos é o 19º homem mais rico do mundo, com uma fortuna estimada em U$ 25,2 bilhões.

A aquisição

A história das duas empresas já torna a transação emblemática, mas ainda há outros aspectos importantes nesse caso. Bezos deixou claro que essa foi uma aquisição pessoal dele, e não da Amazon. Os exscutivos de sua empresa não se envolveram nas negociações e ele mesmo conduziu todo o processo. Em um comunicado aos colaboradores do Post, afirmou que não se envolverá, pelo menos à princípio no dia a dia da empresa e que os executivos atuais serão mantidos.

Dois mundos se encontram nessa transação: o impresso e o digital, o tradicional e o moderno. A pesar dos discursos não darem margem para a expectativa por mudanças, é certo que muita coisa deve acontecer nos próximos meses e anos. O know-how de uma empresa pode contribuir muito com a operação da outra. Resta esperar as novidades.