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24
setembro
2013

Estudo do CNI e Sebrae revela que o Paraná é o estado brasileiro com menor carga tributária para pequenas empresas.

Um estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) divulgado no último dia 19/09 revelou que o Paraná é o estado brasileiro que oferece melhores condições tributárias para a instalação de pequenas empresas. O trabalho classificou os estados de acordo com o tratamento tributário dados às empresas optantes pelo Simples Nacional.

Um dos maiores pesos para as pequenas empresas brasileiras hoje é a carga tributária. Com um sistema complexo, muitas empresas não sobrevivem nem ao primeiro ano por conta dos impostos. Por isso o estudo buscou compar a carga tributária para micro e pequenas empresas praticadas em todos os estados brasileiros.

Na comparação, o Paraná aparece como o melhor estado para começar um negócio. No estado, uma empresa incluída no Simples Nacional recolhe, em média, 4,66% do seu faturamento em tributos.

A pesquisa mostra as três principais razões para o Paraná ter conquistado o primeiro lugar.

  1. O estado dá isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para as empresas com faturamento até R$ 540 mil em 12 meses e redução das alíquotas do ICMS para aquelas com receita bruta entre R$ 540 mil e R$ 3,6 milhões em 12 meses.
  2. Não há equalização de alíquotas nas operações de compras interestaduais de matérias-primas ou de mercadorias para revenda.
  3. O estado adota a substituição tributária do ICMS apenas para produtos com convênio nacional. Na substituição tributária, o ICMS que seria devido por todos os elos ao longo da cadeia é concentrado num única etapa.

Os melhores ambientes tributários para micro e pequenas empresas no Brasil são, depois do Paraná, o Rio de Janeiro (com 5,3% de carga tributária média), o Rio Grande do Sul (com 5,32%), e Goiás (com 5,48%).

O Rio de Janeiro reduziu as alíquotas do ICMS para as empresas com receita bruta de R$ 2,4 milhões ao ano. O Rio Grande do Sul isenta as empresas com faturamento até R$ 360 mil e reduziu a alíquota do ICMS para todas as demais faixas até R$ 3,6 milhões.  Em Goiás, o setor de vestuário é isento do ICMS e não há incidência de substituição tributária do ICMS para a maioria dos produtos do setor do comércio, incluindo o farmacêutico.

Na outra ponta da lista, o Estado do Mato Grosso é o que oferece as piores condições. Naquele estado a média de tributos sobre para 8,62% do faturamento das empresas. O Mato Grosso tem um regime complexo chamado de Regime de Estimativa por Operação Simplificada e adota o sublimite de R$ 1,8 milhão para as micro e pequenas empresas aderirem ao Simples Nacional. O teto do Simples é de R$ 3,6 milhões.

Confira o ranking completo dos estados de acordo com a carga tributária praticada para empresas optantes pelo Simples Nacional:

  Carga tributária
PosiçãoEstadoGeral (%)Indústria (%)Comércio (%)
#Brasil6,56,46,5
1PR4,74,54,6
2RJ5,35,25,2
3RS5,34,65,4
4GO5,54,95,5
5SC5,65,95,5
6PA5,76,15,7
7ES5,86,05,7
8RO6,06,36,0
9MA6,26,56,1
10DF6,36,86,2
11MS6,38,36,2
12SE6,46,96,3
13TO6,56,96,5
14PE6,86,66,8
15PB6,96,76,8
16MG7,07,07,0
17RN7,07,96,9
18RR7,16,57,1
19AP7,28,27,1
20CE7,26,77,2
21SP7,36,97,4
22AL7,48,27,4
23AC7,58,87,4
24PI7,56,77,6
25AM7,87,47,9
26BA8,17,18,2
27MT8,623,27,7

Fonte: CNI